Porém, tal realidade deve mudar em breve: desde o início do ano, um processo de restauro das ruínas históricas tem sido conduzido pela Fundação Florestal (FF), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil).
O investimento é de R$ 5 milhões, valor usado para revitalizar os antigos pavilhões e transformar o presídio em um atrativo turístico no Parque Estadual Ilha Anchieta.
A previsão da conclusão das obras é para o fim de 2025. O projeto é de autoria do escritório paulistano Kruchin Arquitetura.
Segundo o escritório de arquitetura, o projeto, além de preservar a identidade do local, busca transformar o presídio em um espaço educativo e cultural.
A proposta inclui a criação de novos ambientes nas ruínas, como centros de recepção e cafés. A história da ilha, com suas ocupações, deve ser contada por meio de exposições e fotos antigas, com documentos de diferentes épocas.
No âmbito arquitetônico, a ideia é criar um exoesqueleto de proteção das estruturas existentes, mantendo a personalidade histórica do local. São oito pavilhões ao todo, os quais encontram-se fechados até o término das obras.
Ver essa foto no Instagram
A história diz que o presídio ou por várias fases ao longo do tempo, sendo chamada até de "Alcatraz brasileira". Nasceu como uma prisão comum e virou um presídio político na década de 1930, até ar por uma grande rebelião nos anos 1950, quando foi gradativamente abandonado.
Pertencente a Ubatuba, a Ilha Anchieta é protegida pelo Parque Estadual Ilha Anchieta, criado em 1977. Ela tem 828 hectares de área e 17 quilômetros de costões rochosos, além de contar com o verde exuberante da Mata Atlântica.
Aberta a visitantes, a ilha dispõe de sete praias de águas cristalinas, cinco trilhas terrestres, uma trilha subaquática e quatro mirantes, de acordo com a Semil. Capela, centro de visitantes e uma hospedagem completam os atrativos.
Muito procurada por conta de seu apelo histórico e ecoturístico, a Ilha Anchieta pode ser ada por meio de lanchas e escunas, com trajeto que pode variar de 15 a 45 minutos. Embarcações saem comumente do Píer do Saco da Ribeira e das praias Perequê Mirim, Itaguá, Enseada e do Lázaro.
As visitações ocorrem de quinta a terça-feira, das 8h às 17h, em que é cobrada uma taxa de R$ 19 para brasileiros, R$ 28 para moradores do Mercosul e R$ 37 para demais estrangeiros. A compra pode ser feita diretamente neste site.